[Pathfinder (BR)] Fires over Brinestump

Yomi acabava de fazer uma ronda e não havia encontrado nada de interessante pelos arrodores da casa. Tentou observar o pântano com atenção mas não conseguiu ver nada que pudesse lhe chamar atenção de alguma forma.

Então começou a ponderar se deveria dar outra volta ao redor da construção, mas antes pensou o que poderia estar acontecendo com seus companheiros. Ela não ouviu nenhum barulho vindo de dentro e achava que se eles tivessem encontrado alguma coisa ela ouviria algum barulho da arma estranha de Dirk.

Assim, por puro reflexo, deu uma olhada para o andar de cima da casa. Foi quando viu de relance, em uma das janelas frontais, alguma coisa passar rapidamente. Ela tinha certeza que não era nenhum de seus colegas, mas era evidente que estava indo em direção a eles. Sem esperar nem mais um segundo, Minamoto entrou novamente na casa e subiu as escadas correndo.

O halfling definitivamente não parecia uma ameaça. Sarthak não pode controlar um pequeno riso. Guardou sua arma às costas e resolveu esperar na sala, com certeza ele não falava sua língua também.

Ao sair deu um tapa no ombro de Brishen e indicou o pequeno morador do lugar com a cabeça.

(Em Tien)
"Bi ta naryg ilüü sain tüüntei yarikh bolomjtoi baikh bolno gej bodoj baina."

Tradução para o comum:

Ao encontrar Dirk, indicou com a cabeça o andar superior e estendeu a mão um pouco abaixo da cintura. Decidiu simplesmente sentar ao chão e encostar numa parede, o pequenino parecia chateado.

"Pensamos que estava em apuros. Eu sinto muito pela sua casa. Mas creio que alguns reparos e ela ficará boa" Falou Brishen, em tom apologético

"Bem, nao fomos nos que destruimos sua casa, senhor. A maior parte da confusao ja estava aqui quando chegamos." Mas nao podia atestar nenhuma parte da confusao de quando estivera desmaiado, na verdade. "O senhor poderia nos contar o porque de estar se escondendo? Fomos nos que o assustamos?"

Dirk estava sossegado fumando seu cigarro e esperando os outros lidarem com o problemático halfling, até que seu sossego foi interrompido. Sarthak apareceu da escada e falou alguma coisa qualquer em uma língua qualquer. Devia estar dizendo que acharam o infame morador da casa e aparentemente pedia para Dirk subir.

O pistoleiro tirou o cigarro da boca para responder que àquela altura já não se importava mais com qualquer Malthus que fosse, quando a samurai irrompeu da porta de entrada da casa e correu em disparada escada acima. O cigarro acabou derrubado, e com um palavrão Dirk sacou a sua arma. Decidiu não acompanhar a velocidade da guerreira, contudo, e preferiu se esgueirar para o andar de cima, tentando pegar de surpresa o que quer que fosse que ela houvesse visto.

Stealth + 7

perception + 9 para caso do seja lá o que for estiver também se esgueirando

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#1 'D20 (Green)' :
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#1 Result :
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#2 'D20 (Green)' :
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#2 Result :
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Admin Posts : 446 Join date : 2013-07-21

O halfling hesitou por um momento. "Vocês... mataram mesmo aquele treco? Ouvi o cara lá no quarto falando isso..." disse, enquanto abaixava as mãos. Brishen e Ai puderam notar o quanto suas palavras fizeram efeito, ao passo que homenzinho parecia mais confortável em sua presença.

"Bem, acho então que devo minha vida a vocês, caros estranhos. Me chamo Walthus Proudstump, e sou o guarda deste pântano." começou, fazendo um aceno com a cabeça. "Sou eternamente grato por terem invadido a minha propriedade! Gostaria muito de ter algo pra recompensar vocês, mas não tenho muita coisa..." falava, enquanto removia a capa velha "... Então, aceitem esse presente, tomara que seja útil. Também fiquem a vontade para contar com minha ajuda, e espero poder quitar minhas dívidas com vocês algum dia!" ele estendeu o tecido retangular em direção a dupla de interlocutores. A capa era um tanto surrada e tinha uma cor indefinida, mas parecia inteira. "São apenas vocês quatro? Jurava que tinha um cavalo aqui, quebrando as paredes."perguntou, soando incrivelmente sincero.

Yomi rompeu escada à cima, quase sem notar os colegas que estavam no andar de baixo. No corredor, Brishen e Ai conversavam com uma imagem do monstro que os havia atacado, e a criatura marrom que a guerreira avistara nada mais era que o topo da cabeça do halfling.

Para Dirk:

Para Sarthak:

Yomi passou correndo pela escada, sem avisar mais ninguém do que havia visto, mas mesmo assim seus colegas perceberam sua pressa e Diri foi atrás dela. Me não pareceu muito preocupado, no entanto.

A samurai entrou rapidamente no quarto onde havia visto a coisa desconhecida para logo que bateu os olhos no halfling perceber que o que vira era apenas parte da cabeça dele. Uma grande falta de atenção, visto que ela havia visto aquela cabeça pouco antes, quando o monstro estava disfarçado de halfling.

Assim, se acalmando, ela falou tentando manter uma pose de calma:

- Eu achei que havia visto algo estranho pela janela, mas acabei de me dar conta que era apenas o sr. passando. - se dirigiu ao Whaltus.

Então perguntou aos outros:

- Está tudo bem por aqui?

"Acho que agora sim. O senhor Walthus estava nos agradecendo." Respondeu Brishen a Minamoto.

E voltando-se a Walthus: "Apenas estavamos no local certo, na hora certa. Mas, se meus companheiros pudessem descansar um pouco de tempo aqui antes de seguirem viagem, eu ficaria grato. As armadilhas não foram gentis conosco." Falou Brishen, fazendo uma mesura.

"Ah! E por acaso o senhor teria uma pá que pudesse me emprestar por uma hora?"

Vendo que não havia ameaça, Dirk entrou na sala com a arma em punhos. Não sabia o que diabos a samurai havia visto. Mas pelo menos encontraram o halfling.

- É pra atirar nesse Walthus daí também ou finalmente é o halfling verdadeiro?

Yomi achou engraçado o comentário de Dirk mas achou mais adequado não sorrir. Havia aprendido que era preciso manter uma certa seriedade para não constranger os colegas. Se limitou a responder:

- Pelo que parece, esse é o verdadeiro sr. Walthus.

E depois, se dirigindo ao halfling, perguntou.

- Mas afinal, como esse monstro conseguiu se disfarçar tão bem? E desde quando ele assumiu o seu lugar, sr. Walthus?

Ai riu um pouco com a fala do outro, um tanto constrangido. "Sinto muito pelo dano em sua casa, senhor Proudstump. Chamo-me Ai e sou um simples monge. Estes sao meus companheiros: senhor Brishen, senhor Dirk, senhorita Yomi Minamoto e senhor Sarthak, que acredito esteja no andar debaixo?" Ai aceitou o presente, nao querendo ofender o outro. Parou um momento para analisar a capa e a colocou por cima dos ombros. "Estamos em uma missao, e precisamos da ajuda do senhor, na realidade."

Admin Posts : 446 Join date : 2013-07-21

O halfling corou levemente ao Brishen mencionar que foram pegos nas armadilhas, mas preferiu não tocar no assunto.

"Claro que eu ajudo! É o mínimo que posso fazer. A casa é de vocês, desde que não a levem a baixo serão sempre bem vindos. Não sei ao certo o que era aquele monstro, tô a muito tempo em Brinestump e nunca vi nada igual. Foi tudo muito rápido, tava cuidando dos meus bichanos no jardim e aquele troço se jogou do muro, eu consegui me defender mas ele me prendeu e... chupou minha energia ou sei lá." Um tremor percorreu o pequeno corpo, e Walthus levou a mão ao ombro, onde se enxergava uma mancha escura no tecido. "Eu nem sabia que ele tinha roubado meu corpo! Se não fossem vocês..." o homenzinho suspirou, mas retomou o ânimo.

"Bem, acho que já passou da hora do almoço. Imagino que estejam com fome depois de tanto trabalho!" e virando-se para Brishen, continuou, apontando para o final oposto do corredor, "Deve ter alguma pá ali no primeiro quarto, é onde guardo minhas ferramentas. Mas... pra que você quer cavar um buraco?" Ele não disse, mas desejou fortemente que o jovem não decidisse atacar seu adorado jardim.

Para Ai:

"Para dar um encerramento." Falou Brishen ao halfling. "Mas sim, agradeceriamos um pouco de comida. Muito obrigado." E fez uma mesura enquanto pegava uma pá e descia as escadas.

Dirk achava que já haviam perdido tempo demais ali. Não é como se não acreditasse que tinham feito uma boa coisa em salvar o halfling. Melhor ele vivo do que morto. Mas não era pra isso que eles tinham se juntado.

- E então, Malthus - disse Dirk, querendo apressar a situação - O que tem a nos dizer sobre os goblins? Queremos dar um jeito neles, ou pelo menos destruir o estoque de fogos de artificio. Sabe onde essas pestes conseguiram as coisas?

Enquanto falava, viu o varisiano descer com uma pá. Só não sabia o porque.

Admin Posts : 446 Join date : 2013-07-21

"Encerramento digno?! Ei, espera!!!" O halfling partiu no encalço do varisiano, um tanto interessado no que este faria a seguir. Parecia enjoado ao perceber os planos de Brishen, mas estava disposto a ajudar se nenhum de seus companheiros decidisse fazer o mesmo - a ideia parecia estúpida, mas não seria ele a julgar os princípios de qualquer pessoa.

Após o funeral, reuniu o pouco de forças que ainda dispunha afim de preparar uma refeição para si e os demais convidados, fosse completando as provisões enviadas por Ameiko com cerveja e pão, fosse cozinhando sua sopa especial de beterraba surpresa (a surpresa era que não levava beterraba). Explicou que não saberia a real localização da tribo Licktoad pois raramente explorava a parte longe de sua "ilha", mas que com certeza seria na velha trilha, dado que seu uso decaiu exatamente por conta dos frequentes ataques de goblins a muitos e muitos anos atrás.

"Eu iria com vocês, mas nesse estado acho que vou atrapalhar mais que ajudar..." comentou, parecendo desanimado. "Além do que, o sol deve acabar em uma hora, e não é lá muito seguro perambular a noite por essas bandas, goblins enxergam bem no escuro. Por que não ficam aqui por hoje? Seria menos perigoso no fim das contas."

Para Aishen:

((Decidam o que vão fazer, nessa parte a discussão é entre vocês. Se quiserem ficar, Walthus vai prover um teto, e se quiserem ir, ele vai dar indicações de como chegar na trilha certa. Falta cerca de uma hora para o sol se por, e depois disso é só alegria. Podem descrever também o tempo entre o enterro do bichano e a janta, se assim quiserem Wink

))

((EDIT: interfiram na cena como quiserem, eu ajusto qqr coisa. Se quiserem sair antes do rango, assumam que ele explicou tudo enquanto enterravam o treco xD))

Yomi se sentiu completamente estranha no enterro da criatura. Ela lembrava de ter visto Brishen passar com uma pá, pensado em contestar a atitude mas subitamente se viu junto com os outros enterrando o bicho. "Como tudo chegou a esse ponto?" Ela se perguntava, mas era como se tivesse perdido a memória.

No entanto não era a primeira vez que ela tinha esse tipo de sensação. Quando Shalelu lhe salvou ela passou por uma sensação parecida. Lembrava-se de ter sido salva pela elfa, mas o momento entre ser atacada na estrada e a alfa lhe levando para a taverna de Ameiko era para Yomi um grande mistério que até sustentava a curiosidade que a samurai nutria pela outra. Ela acreditava que a guerreira elfa tinha algum tipo de técnica de luta muito particular, mas seu lapso de memória não lhe dava nada além de uma possibilidade.

Perdida entre pensamento, ouviu apenas o final da fala do halfling, que oferecia abrigo caso eles preferissem passar a noite ali ao invés de entrar no pântano de noite. Era obviamente uma decisão muito mais sensata, ela não precisou refletir muito para se pronunciar:

- Eu acho que será muito melhor aceitarmos o abrigo e partirmos amanhã bem cedo. O que você acham? - perguntou para os demais companheiros.

Sarthak considerava o "enterro" uma grande perda de tempo. Bastava jogar a carcaça daquilo pra fora da casa e a natureza faria o restante. Ao invês disso, deu uma olhada no ambiente ao redor. A primeira impressão, o pântano parecia um lugar realmente hostil, mas como todo lugar natural, bastava se acostumar a seus manias para conviver tranquilamente. Claro, a criatura não se enquadrava naquilo.

Comeu com voracidade o que quer que estivesse sendo servido, era o que precisava para recuperar as forças. O cansaço e a queimadura deixada pela sua herança não demoraram a passar. Era difícil saber quanto tempo passava ali, mas percebeu que o sol estava para repousar no horizonte, então lembrou-se que Sandru iria buscá-los ao fim do dia.

(Em Tien)
"Sandru tun udakhgüi ergen irekh bolno. Bid ayalal ürgeljlüülj bolokh bögööd esvel halfling bidend deevriig sanal bol ter ni magadgüi bid nas barsan , esvel yamar neg züil baisan gedgiig olj medekh bolno uu ."

Tradução para o comum:

Por ele continuariam a jornada, mas o líder nomeado por Ameiko e Shalelu havia sido atacado cruelmente e provavelmente precisaria de um descanso.

Dirigiu-se a Brishen e Ai com os braços abertos franzindo o cenho. Esperava uma decisão.

O corpo da criatura não era tão pesado. Claro, não conseguia carrega-la sozinho, mas como teve ajuda, logo encontrou um lugar apropriado para o que queria fazer.

Não era exatamente habilidoso cavando, mas não era a primeira vez. Apenas umas poucas pás de terra deveriam ser o suficiente. Sentiu-se estranho sendo observado pelos seus companheiros, mas apenas seguiu com o que estava fazendo.

Era o certo a ser feito. Como a criatura não tinha nenhum pertence, Brishen pegou o seu giz e desenhou dois olhos em sua face. Tampou o túmulo da criatura como conseguiu, certificando que estaria minimamente protegido de carniceiros. Por fim, em seu túmulo deixou acesa uma vela, e soube que estava terminado.

Findo o que tinha que fazer, e vendo os questionamentos de seus companheiros, Brishen apenas correu o olhar entre eles, esperando uma resposta.

Dirk não sentiu vontade nenhuma de ajudar a enterrar o cadáver da criatura. Estavam em um pântano, diabos, era só jogar o corpo do bicho em alguma canto qualquer e deixar que apodrecesse ali. E nem chegaria a apodrecer, as criaturas do pântano dariam um jeito nele antes. Ficou fumando enquanto o varisiano insistia em sua maluquice. Se ele resolvesse enterrar cada goblin que matassem por ali, ia acabar cavando o pântano inteiro. Aproveitou para terminar de fumar o cigarro que havia preparado.

Em outras situações, reclamaria quanto a perda de tempo. No entanto, como a noite se aproximava, imaginou que teriam que ficar na casa do halfling aé o dia seguinte, concordasse ele ou não. Felizmente, o próprio anfitrião ofertou sua morada para que passassem a noite e prometeu fazer o jantar.

- De acordo - respondeu à samurai - não sei quanto a vocês, mas costumo não enxergar tão bem no escuro quanto na luz do dia. E não estou nem um pouco afim de andar no escuro e cair em alguma vala cheia de lama e água e atrair todos os predadores da região.

((ACENTOS, ALELUIA))

Ai acompanhou, silencioso, e ajudou Brishen com o enterro. Era curioso, afinal, o monstro havia de fato o nocauteado de forma vergonhosa, mas todos mereciam paz depois da morte. Encontrou-se orando brevemente enquanto Brishen realizava ritos finais. Sabia que um funeral era, principalmente, mais para os vivos do que para os mortos. Quem precisava de um encerramento não era o cadáver entre eles. Apertou o ombro de Brishen levemente, querendo-lhe transmitir forças.

Findado o rito, eles precisavam decidir o que fazer. Não entendeu o que Sarthak disse (raramente entendia, por mais que se esforçasse), mas reconheceu o nome do amigo na boca dele, e um sentimento pesado cobriu-lhe o peito. Queria alertar Sandru de alguma forma, avisá-lo de que estavam bem por enquanto, por saber que ele ficaria preocupado. Aquela missão não deveria se alongar tanto. Estava cansado, e uma boa noite de sono em um lugar coberto seria uma benção mais do que merecia. E havia mais perigos na noite do que deveria expor os outros, era seu papel de líder cuidar deles. E não falharia mais nisso.

"Concordo. Não é bom caminharmos à noite. Acho melhor estarmos descansados para um novo dia que virá. Peço desculpas pelo transtorno." E suspirou. "Apenas gostaria de houvesse algum meio de avisar a Sandru, tenho certeza de que ele ficará preocupado."

Admin Posts : 446 Join date : 2013-07-21

Sem maneira eficiente de continuar a missão e avisar os aliados em Sandpoint, os aventureiros resignara-se a passar a noite na agradável casa do halfling - ou o que eles pensavam que seria agradável numa outra realidade, não fosse a situação atual. Antes de se retirar, Walthus remendara a porta para os fundos, de modo que ao menos não ficaria frio na sala de estar. Ele estava cansado demais para preparar acomodações decentes para todos, e tão pouco dispunha de colchões ou travesseiros extras pela casa, então simplesmente disse aos convidados que se aninhassem onde quisessem, desde que não destruíssem mais suas coisas.

O andar inferior era composto da pequena sala de estar destruída e da sala de jantar, equipada de um fogão a lenha que poderia ser usado pelos aventureiros. Uma porta ao lado do fogão levava à dispensa, oferecida caso os viajantes ficassem com fome no meio da noite ou antes de sair. Entretanto, ao contrário da sala de estar, nem a dispensa ou a sala de jantar tinham espaço suficiente para uma criatura de estatura normal estira-se adequadamente. A porta próxima à saída para o jardim ainda estava fechada, e dela podia-se ouvir o barulho de pequenas coisas se mexendo ou piando ocasionalmente.

No andar superior, no início do corredor estreito, estava a sala de suprimentos, abarrotada de diferentes tipos de ferramentas, equipamentos para caçada, algumas armadilhas incompletas (que por alguma razão lembravam as encontradas anteriormente pelos aventureiros), flechas e outros tipos de utensílios domésticos, tudo de certa maneira espalhado, tornando a utilização dessa sala como abrigo um tanto trabalhosa. Walthus não possuía muitas coisas de qualidade, mas também ofereceu seu estoque caso o grupo precisasse de algo. O quarto de hóspedes estava muito sujo, e não parecia ser usado havia alguns anos, mas comportaria facilmente três pessoas (uma na cama, outras duas no chão).

A lua parecia enorme em Brinestump, e vinha com uma guarnição completa de estrelas; ainda assim, parecia que a luz se recusava a aproximar-se do local. O pântano, tão movimentado pela manhã, estava silencioso, como se as próprias criaturas macabras que lá moravam estivessem com medo de monstros ainda piores que despertavam ao luar. A fina névoa que se formara no final da tarde tomara proporções drásticas, pintando o chão de cinza escuro e ofuscando o horizonte. Para completar o quadro, as árvores formavam uma mancha negra indefinida, e todos os habitantes da casa, a seu modo, sabiam que estavam sendo observados.

****

O sol já nascera, mas a névoa ainda era espessa. Um aroma agradável ecoava pela casa, atiçando o paladar dos que haviam sono leve. Então, o cheiro de queimado espalhou-se pelo ambiente, acordando por fim os que ainda não haviam despertado.

Walthus colocava a mesa para o café da manhã, parecendo bem humorado e orgulhoso de seu feito.

Para Ai:

((Walthus tem dispensa mágica de pobre - ele consegue preparar qualquer coisa que vocês queiram desde que não custe mais que peças de cobre. Isso também vale pra dispensa/sala de suprimentos, decidam aí o que querem fazer entre si e vamos partir pra ~~apanhar~~ bater em goblins Wink

))

Sarthak teve seu sono interrompido diversas vezes durante a noite. Pensava em várias coisas, mas principalmente em como já fazia um longo tempo que não se aventurava acompanhado. Era diferente das caçadas com seus irmãos na infância. Também perguntava-se se aquelas pessoas iriam expulsá-lo devido a sua herança. Talvez não, pois Ameiko sabia e ainda não o tinha feito.

Apesar das interrupções, conseguiu descansar bem na pequena sala do ainda menor anfitrião. O cheiro de comida levantou um apetite tremendo e depois de guardar seu saco de dormir encostou-se na parde e passou a observar as atividades do halfling atentamente. Por fim arriscou dizer algo.

(Em Tien)
"Kher udaan end khüü amidarch baina uu?"

Tradução para o comum:

Fez a pergunta enquanto terminava de arrumar suas coisas. Estava pronto para continuar a jornada.

Brishen se aninhou em um lugar qualquer no segundo andar. Antes de adormecer, pensou em como não pode fazer muito contra a criatura naquele dia. Nem se tivesse conseguido agir mais rapidamente teria feito alguma diferença, talvez.

Antes de dormir, desejou que pudesse ficar mais forte.

No dia seguinte, Brishen comeu tentou puxar conversa com o seu anfitrião sobre a vida no pântano e os arredores. Perguntou a ele se ele já havia visto algum goblin antes, e como eles eram de verdade.

Após isso, agradeceu a hospitalidade, e se pôs pronto para continuar a jornada.

Admin Posts : 446 Join date : 2013-07-21

O halfling encarou o gigante ruivo apertando os olhos, parecendo confuso. "Sim, café da manhã! Está pronto, pode vir." E, para dar ênfase a sua frase, moveu as mãos tentando mimicar as ações de comer e beber o melhor que conseguisse. "Co-mi-da", soletrou enquanto atuava.

Sem perder tempo, Walthus serviu seu próprio prato e encontrou um lugar no chão para sentar-se enquanto comia. Explicou ao varisiano que em geral não tinha muitos problemas, pois tentava tomar todas as precações possíveis, e que depois de anos vivendo em Brinestump essa era a primeira vez tombara com algo tão grotesco. No geral, o pântano era perigoso mas vivível para quem não gostava da movimentação na cidade, e um lugar especialmente bom para se criar cobras. Os goblins não lhe davam trabalho pois atuavam em outra parte do pântano, e ele mesmo estava surpreso com a ideia dos ataques em fogos de artifício, nunca pensou que seriam tão inteligentes assim. O homenzinho vira o clarão no céu por alguma vezes, mas não fazia ideia onde poderiam ter adquirido os objetos, especialmente levando-se em conta a região em que estavam.

Terminado o desejum, o anfitrião fez o melhor que pode para direcionar o grupo no caminho certo. Chegar à Old Fish Trail seria complicado - a trilha ficava a horas da casa de Walthus, e não havia um caminho definido, o que significava seguir por dentro do pântano. Entretanto, da parte da estrada, era possível acessar mais facilmente o lugar, mas isso significava pelo menos mais um dia de luz para chegar ao ponto certo e sabe-se lá quanto tempo mais até a vila dos Licktoad. Talvez o caminho mais seguro fosse por fim tarde demais para Sandpoint...

Prontos para partir, cabia agora aos aventureiros escolher a direção: voltar por todo o caminho de onde vieram ou seguir a sudeste até encontrar alguma pista. Como alguns ainda pareciam sonolentos ou indecisos, seria responsabilidade do primeiro que saísse da casa decidir o destino do grupo.

((Seguinte, pra adiantar isso, quem postar primeiro escolhe como o 'grupo'. Então ajustem o roleplay de acordo, nada de ficar culpando os outros por eventuais perdas ohoho))

((EDIT: Como Sarthak não fala e o halfling sacou isso, ele fez o máximo possível de hand gestures/mimicas pra explicar a Sarthak. Claro que não vai passar todos os detalhes, mas o 'resumo' ele entendeu.))

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